O Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT), reconhecido como referência em infectologia, recebe, por meio da regulação estadual, os casos mais graves de dengue. A instituição chama atenção para a necessidade de intensificar as ações preventivas, especialmente durante o período chuvoso, quando a conformidade do mosquito Aedes aegypti é favorecida.
A dengue, transmitida pelo Aedes aegypti, apresenta quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4), todos capazes de provocar sintomas como febre alta, dores musculares intensas, dor de cabeça e manchas vermelhas na pele. Em alguns casos, a infecção pode não apresentar sintomas. A infectologista do HDT, Marina Roriz, explica que, embora o sorotipo 3 tenha atraído maior atenção recentemente devido à sua ausência prolongada, todos os tipos de vírus podem causar complicações graves, exigindo atenção no diagnóstico e tratamento.
“O que preocupa no caso do sorotipo 3 é que boa parte da população ainda é suscetível a ele, uma vez que muitos já foram infectados pelos sorotipos 1 ou 2. Quando ocorre uma nova infecção por outro sorotipo, o risco de agravamento aumenta significativamente” , esclarece a médica. Ela também destaca que o manejo clínico é semelhante para todos os sorotipos, sendo direcionado ao alívio dos sintomas. “O tratamento envolve controle de dor, hidratação adequada e acompanhamento de exames, como contagem de plaquetas e hematócrito”, afirma.
Em 2024, o HDT confirmou 341 casos de dengue, incluindo seis óbitos relacionados à evolução da doença. Em 2025, até o momento, foram notificados 16 casos, com três confirmações. Esses números evidenciam a importância de intensificar as medidas de combate ao mosquito, principalmente com a chegada das chuvas.