17/02/2021 às 05h27min - Atualizada em 17/02/2021 às 10h40min
Startup brasileira avança na criação de vacina contra covid-19
Chamada de Versamune®-CoV-2FC, a vacina foi criada com base em uma proteína recombinante do vírus; testes em humanos devem começar em maio
SALA DA NOTÍCIA Notícia Expressa
Uma startup brasileira pode ser responsável por mais uma das vacinas que visa acabar com a pandemia do coronavírus. A empresa Farmacore e a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de são Paulo (FMRP-USP) estão trabalhando com a companhia americana PDS Biotechnology em um novo imunizante chamado Versamune-CoV-2FC, que está pronto para avançar para os testes com humanos. A startup brasileira é responsável pela tecnologia de proteína recombinante da vacina, que será aliada aos mecanismos de ativação do sistema imunológico desenvolvidos pela PDS. Segundo Helena Faccioli, presidente da Farmacore, a vacina se baseia em "um sistema altamente inovador que associa nanopartículas lipídicas – como adjuvante – à proteína S1 recombinante." De acordo com a responsável pela Farmacore, a Versamune-CoV-2FC também ativa a via do IFN Tipo 1. O mecanismo garante uma ação mais efetiva contra o vírus, além de uma resposta imunológica mais duradoura. Apoio da ANVISA O imunizante feito pela empresa brasileira já recebeu o apoio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está avançando. Atualmente, o desenvolvimento do imunizante está nos estágios finais dos testes pré-clínicos. O próximo passo para a vacina é o início dos testes clínicos, que envolvem humanos. Segundo as estimativas da comandante da Farmacore, a próxima fase de desenvolvimento do imunizante será iniciada em maio. "Os resultados obtidos demonstram que a vacina é eficaz, segura, e está pronta para avançar para a fase clínica com segurança e baixo risco tecnológico." Segundo a presidente da startup brasileira, o objetivo é testar a vacina em aproximadamente 30 mil voluntários. A próxima fase de desenvolvimento deve durar mais de um ano, mas os resultados obtidos nos primeiros três meses da próxima etapa podem ser utilizados para acelerar a produção do imunizante, caso os dados sejam aprovados pela ANVISA.