29/06/2021 às 01h03min - Atualizada em 29/06/2021 às 01h03min

90% dos custodiados da Unidade Prisional de Ipameri estão inseridos em projetos de ressocialização

Alto índice de presos trabalhando é resultado de uma cultura que foi inserida e incentivada na unidade há mais de oito anos. Além da remição, o trabalho também gera renda para as famílias dos presos

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Na Unidade Prisional Regional (UPR) de Ipameri, que pertence à 4ª Coordenação Regional Prisional (CRP) da Diretoria Geral de Administração Prisional (DGAP), 90% dos presos trabalham com artesanato. Eles produzem tapetes e outros produtos de crochê, além de artesanatos com caixas de achocolatados. Hoje o presídio tem 115 presos no regime fechado, entre condenados e provisórios, e 103 estão inseridos no projeto de ressocialização.

Segundo o diretor da UPR de Ipameri, Renato Resende, os 12 presos que ainda não trabalham estão em período de triagem. Ele esclarece que o alto índice de presos trabalhando na unidade é resultado de uma cultura que foi incentivada há mais de oito anos, pela gestão municipal da cidade. “Na gestão anterior, a prefeita fazia doações de linhas para os presos e assim começou esse costume. Porém, o incentivo maior é a remição”, afirma.

Os custodiados da UPR de Ipameri que fazem artesanato conseguem diminuir a pena por meio do trabalho conforme prevê a Lei de Execução Penal, garantindo um dia de pena a menos a cada três dias de trabalho. Porém, além da remição, as famílias também vendem os materiais produzidos por eles. “Eles produzem muito e aqui tem um mercado grande para os tapetes e para essa área artesanal. Então, eles conseguem ajudar as famílias. Essa também é uma motivação para eles”, ressalta Renato.

O coordenador da 4ª CRP, José Cordeiro Rolim, explica que apesar da limitação de espaço para o desenvolvimento de projetos voltados para emprego de mão de obra carcerária na unidade, o trabalho é incentivado entre os presos e o artesanato é uma boa alternativa. “Eles trabalham somente na confecção de tapetes e outras peças. As linhas são oferecidas pelos familiares, que também recebem o produto pronto para comercialização”, conta Rolim.

Para Renato Resende a ressocialização impacta de forma significativa na vida dos presos, já que eles se mantêm produtivos, conseguem diminuir a pena e ainda ajudam suas famílias financeiramente. “Quando está produzindo, o preso enxerga a possibilidade de mudança de vida, resgatando a dignidade”, comenta o diretor.

A UPR de Ipameri é modelo de ressocialização para todo Estado e a DGAP está empenhada em levar esta realidade para outras unidades prisionais do Estado. A ampliação dos projetos de ressocialização é uma ação estimulada pelo Governo de Goiás, por meio do Programa Goiás de Resultados, coordenado pela Vice-governadoria, com apoio da Secretaria de Segurança Pública (SSP) e da Polícia Penal de Goiás.

 


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