24/09/2021 às 13h56min - Atualizada em 25/09/2021 às 00h00min

Setembro Vermelho: doenças cardiovasculares também podem trazer consequências à visão

Exames oftalmológicos podem apontar possíveis doenças sistêmicas. Conheça os sinais

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Marcado pelo Mundial do Coração (29/9), setembro é o mês dedicado ao alerta sobre doenças cardiovasculares, que estão entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. No chamado Setembro Vermelho, oftalmologistas também se unem à campanha de conscientização para mostrar a importância do acompanhamento médico e oftalmológico, para prevenir o comprometimento da visão.

“Problemas cardiovasculares podem ocasionar lesões no globo ocular. Os danos causados podem gerar perda visual grave e irreversível. As lesões mais comuns afetam a retina e o nervo óptico”, afirma o Dr. Vinicius da Silveira Saraiva, oftalmologista da Visclin, empresa do Grupo Opty, e especialista em doenças e cirurgia de Retina. Os principais sintomas apontados pelo médico são: visão turva, distorção das imagens e mancha escura no campo de visão.


Esclerose dos vasos sanguíneos da retina, sangramentos e inchaço na retina e nervo óptico podem ser detectados no exame de fundo do olho dos pacientes afetados por doenças cardiovasculares e indicar que o paciente tem algum problema sistêmico que merece atenção. Estudos populacionais já mostraram que cerca de 50% dos portadores de pressão alta não sabiam que tinham a doença. Uma ida ao oftalmologista, portanto, também pode ajudar no diagnóstico.

Corpo e olhos – Após avaliação do oftalmologista, podem ser recomendados tratamentos específicos, como aplicações de laser e de medicações intraoculares. Contudo, o especialista reforça que o controle da doença cardiovascular de base é fundamental. “A melhor forma de prevenção é cuidar da saúde cardiovascular. Recomenda-se aferir regularmente a pressão arterial e fazer check-up periódico com o cardiologista para diagnóstico e tratamento adequado de doenças cardiovasculares, como pressão alta, aterosclerose e arritmias cardíacas”, comenta o Dr. Vinícius Saraiva, que aponta que os problemas oculares causados por doenças cardiovasculares são mais comuns após os 50 anos de idade.

Dados do Estudo Global Burden of Desease – GBD 2017 revelam que, embora as taxas de mortalidade por doenças cardiovasculares no Brasil tenham diminuído significativamente nos últimos anos, o número total de mortes aumentou, provavelmente como resultado do crescimento e envelhecimento da população.
 
Pressão Alta – Conforme esclarece o Dr. Vinícius Saraiva, a pressão alta descontrolada é um fator de risco e pode causar alterações nos vasos sanguíneos dentro do olho, que levam a redução do fluxo de sangue e consequente dano ao globo ocular. “Vale distinguir que a pressão alta sistêmica não causa aumento da pressão ocular. Entretanto, a pressão alta sistêmica pode causar dano direto ao nervo óptico e isso pode agravar lesões pré-existentes do nervo óptico em pacientes portadores de glaucoma”, explica. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020, considera-se pressão arterial ótima aquela abaixo de 120 por 80 mm Hg.

No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, aproximadamente 35% da população é hipertensa, mas praticamente metade não sabe disso. Entre os que têm conhecimento, 50% fazem uso de medicação, e, desses, apenas 45% têm a pressão controlada.

Infarto ocular – Os infartos oculares ocorrem por obstrução do fluxo das artérias ou veias da retina. Um dos principais fatores de risco para sua ocorrência também é a pressão alta. Como acontece nos infartos cardiovasculares, são mais frequentes, ainda, em pessoas com diabetes e fumantes. Por isso, o acompanhamento multidisciplinar do paciente é fundamental. Enquanto realiza o tratamento ocular, na maioria das vezes com aplicação de laser e medicação intraocular, deve-se também controlar a doença sistêmica causadora do problema, por meio de alimentação e vida saudável, além de medicamentos, de acordo com avaliação médica.

“O bloqueio de fluxo sanguíneo ocular não apresenta dor ou sangramento visível. Com isso, quando o paciente sente alguma alteração visual, geralmente já há perda parcial ou total da visão. Além disso, o problema pode ser recorrente, o que só corrobora para a importância de visitas regulares ao oftalmologista”, diz o Dr. Vinícius Saraiva.
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