Banda Guns N' Roses faz história em Goiânia com 3 horas de clássicos

 banda Guns N’Roses desembarcou em Goiânia com uma grande missão a cumprir no show de domingo (11/9) no estádio Serra Dourada. Além da responsabilidade de se apresentar para as mais de 30 mil pessoas que pagaram por ingressos salgados (variando entre R$ 300 e R$ 1,5 mil), o grupo vinha de um show definido por muitos como "fiasco" no Rock in Rio. O vocalista Axl Rose, principal alvo das críticas do público e da mídia, chegou a se desculpar publicamente pela apresentação na chamada "Cidade do Rock". 

 

Após quase três horas arrebatadoras de show com 28 músicas e solos ininterruptos do guitarrista Slash, é seguro dizer que Axl e o próprio Guns estão plenamente redimidos, pelo menos, aos olhos do público goianiense. A turnê Guns N’ Roses Are F’ N’ Back! passou, além do Rio de Janeiro, pelo Recife e por Manaus antes de chegar à capital goiana e ainda passará por Belo Horizonte (13/09), Ribeirão Preto (16/09), Florianópolis (18/9), Curitiba (21/09), São Paulo (24/09) e Porto Alegre (26/09). 

Conhecidos no passado por seus chiliques, exigências e atrasos, os integrantes da banda provaram que não amadureceram somente na idade: Duff McKagan, Axl Rose e Slash subiram ao palco montado no gramado do Serra Dourada pontualmente às 20h, com som e telões de excelente qualidade, para que até quem estivesse mais no fundo da pista pudesse se sentir colado ao palco.

 

Axl Rose deu algumas derrapadas nos vocais na primeira metade da apresentação, mas pareceu encontrar o tom conforme o repertório acelerava. De toda forma, o vocalista fez pausas constantes que eram prontamente cobertas por solos intermináveis e virtuosos de Slash, que provou por A+B que é e segue sendo um dos maiores guitarristas vivos do planeta.

Apesar da casa cheia com 30 mil pessoas, o público se comportou bem, sem brigas e com pouco lixo, mesmo na pista, embora muitas vezes não soubesse responder as deixas no inglês com sotaque californiano carregado dos músicos. Porém, a audiência seguiu à risca a regra de ouro de shows de rock internacional: na dúvida, responda com “yeah!”... E fica tudo certo.

 

O repertório extenso foi também eclético para agradar tanto os fãs que só conhecem os clássicos como Sweet Child O’Mine, Patience, It’s So Easy, November Rain, Paradise City, Civil War, You Could Be Mine, como para os metaleiros de carteirinha, com diversos sucessos mais pesados dos álbuns Use Your Illusion (1991) e Appetite for Destruction (1987) como Rocket Queen, Nightrain e Coma. 

 

Teve espaço até mesmo para algumas canções do infame Chinese Democracy (2008), como a própria música título, e até mesmo alguns covers como Attitude, dos Misfits, e Slither, da Velvet Revolver, banda de Duff e Slash com Scott Weiland, da Stone Temple Pilots. Também rolaram os covers já conhecidos feitos pela banda: Live and Let Die, de Paul McCartney, e Knockin’ on Heaven’s Door, do Bob Dylan.

 

Com uma apresentação muito bem-sucedida na conhecida capital do sertanejo, que provou que é também a capital do rock, Guns entra no panteão dos maiores e melhores shows internacionais que carimbaram o passaporte goiano, como Paul McCartney e Elton John. Se foi o melhor, a questão fica em aberto, mas foi, sem dúvida, o mais rock’n roll.

 

- It's So Easy

- Mr. Brownstone

- Chinese Democracy

- Slither

- Welcome to the Jungle

- Better

- Reckless Life

- Double Talkin' Jive

- Live and Let Die

- Estranged

- You're Crazy 

- Rocket Queen

- You Could Be Mine

- Attitude

- Absurd

- Hard Skool

- Civil War/Machine Gun

- Sorry

- Slash Guitar Solo

- Sweet Child o' Mine

- November Rain

- Wichita Lineman

- Only Women Bleed (intro)/Knockin' on Heaven's Door

- Nightrain

 

- Coma

- Blackbird/Patience

- Don't Cry

- Paradise City