A juíza Placidina Pires, da 1ª Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem de Capitais, condenou nove pessoas de Catalão que forneceram suas contas para receber dinheiro do chamado “Golpe do novo WhatsApp”. Os réus se uniram para auxiliar os executores dos golpes a ocultar a origem criminosa dos valores transferidos pelas vítimas.
As penas variam entre três a seis anos de reclusão, a serem cumpridas nos regimes aberto e fechado.
O caso foi descoberto após um suspeito de tráfico de drogas ter o celular apreendido pela Polícia Civil. Os policiais descobriram a existência de um grupo criminoso voltado para a prática de lavagem de dinheiro obtido com a prática de delitos de estelionato.
Os golpistas primeiro se passavam por outras pessoas através do aplicativo de mensagem e enganavam os parentes delas. Após isso, os denunciados recebiam, guardavam, movimentavam, transferiam e sacavam os valores, tudo de forma a dissimular e ocultar a natureza e origem da verba espúria oriunda dos golpes.
Segundo a denúncia, eles tinham um grupo chamado Golpe no Whatsapp, no qual arquitetavam a prática de lavagem de dinheiro. Os laranjas e os próprios associados, emprestaram suas contas bancárias com a promessa de receber uma comissão para que fosse depositada determinada quantia e simulada uma transação comercial, aparentemente normal, conferindo ar de licitude ao dinheiro sacado.